Gestão de dívidas: quando considerar a renegociação?

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Gestão de dívidas: quando considerar a renegociação?

Tão importante quanto superar a inadimplência é saber o melhor momento para a renegociação de dívidas da sua empresa. Um novo acordo com cláusulas e condições desalinhadas com o planejado pode comprometer ainda mais a saúde financeira do negócio.

Compreender o saldo disponível para o pagamento das obrigações, o montante a ser pago e os valores de parcelas não é o suficiente. É preciso planejar cenários e preservar o caixa para ter condições de manter os pagamentos em dia.

Enquanto a receita reduz e as dívidas persistem – ou até aumentam – é importante tomar decisões com agilidade. E através do acompanhamento dos resultados da empresa, decidir o melhor momento para a renegociação.

Neste artigo você encontrará dicas para diminuir os impactos das dívidas já existentes e para alcançar acordos eficazes com bancos e fornecedores.

Por onde começar?

Não se trata de uma pergunta retórica: quando se fala em dificuldades na gestão de dívidas, não é tão simples compreender os primeiros passos para retornar a operar no azul.

Muitos diretores financeiros se perguntam: qual dívida preciso quitar com urgência? Qual é minha prioridade nesse momento? Qual setor deve ser analisado? Entre outras questões. E nesse processo, principalmente se o gestor não conta com um reporte claro e preciso sobre a saúde financeira da empresa, tomar decisões se torna ainda mais complicado.

Então o primeiro passo é entender qual o motivo da inadimplência. Nem sempre a falta de pagamento é resultante da falta de dinheiro em caixa. Às vezes as empresas têm rendimento suficiente, mas estão destinando os recursos de forma errada ou tendo gastos excessivos e desnecessários em alguns setores.

Aqui vale mencionar um papel relevante das áreas de contabilidade e controladoria. Elas ajudam no entendimento da rotina do capital na empresa. Indicando como e quando ele entra – vendas, recebimentos e renovações – e sua saída – custos, gastos, impostos, investimentos e outros.

Se o negócio está sendo afetado por uma crise externa, compreenda quais mudanças ocorreram. Tenha números confiáveis sobre as mais variadas situações, como cancelamentos de contratos, diminuição das vendas, menor oferta de matéria prima, entre outras.

Ao ter isso em mente, já é o momento de conversar com o credor? Não! Antes planeje os possíveis cenários, faça prognósticos sobre impactos de novos acordos e observe se conseguirá cumprir com os termos e prazos de uma renegociação. Logo, faça primeiro a modelagem e o planejamento financeiro.

Modele e planeje com base nas principais premissas

Crie cenários positivos, neutros e negativos para os próximos três meses, mas construa também um estudo semestral e anual. Busque saber o contexto econômico e o que esperar.

Opte por plataformas de gestão para te ajudar no processo de análise, com dados confiáveis e agilidade, ao invés de planilhas. No caso do Accountfy, por exemplo, é possível desenvolver análises de diferentes cenários para uma mesma premissa, seja ela financeira ou não. Além de organizar dados e construir equações que calculam perspectivas a partir de uma gama de variáveis.